Madalena Lopes, 1997, Caldas da Rainha.
Artista visual com formação em design de comunicação e produto. Através de esculturas, pinturas, textos e filmes, a sua prática experimental explora a relação íntima entre o ser humano e o artifício. Assim, envolve-se com tensões em torno de noções de arte, trabalho, produtividade, autonomia, obsolescência e ecologia. O seu projecto mais recente, Fleshing out Dissidence, condena modelos de crescimento ilimitado para apresentar um enquadramento crítico no qual o desenvolvimento tecnológico pode ser pensado em termos de investigação arqueológica e antropológica. Além disso, o filme aprofunda o potencial subversivo de inactividade, lentidão e corporeidade. Através do design e da ficção, a sua tese de mestrado explorou formas de fazer em resistência ao modo de produção dominante.
Léo Raphaël, 1994, Roaix.
Licenciado em arquitectura, é ilustrador e autor de ensaios sobre temas diversos como centros comerciais, turismo, ciber-segurança, a nuvem, pornografia e apostas desportivas. Muitas vezes combinando visuais engenhosos com escrita incisiva, o seu trabalho procura questionar narrativas dominantes sobre identidade, território, intimidade e o comum. Cenários inquietantes representados por imagens ingénuas ou a paródia de formas inesperadas de poder reúnem humor e cinismo – pontos de encontro do prazer e pensamento. Actualmente, aproveita o quotidiano para se dedicar a projectos espontâneos que exploram o campo subversivo do imaginário. Alguns dos artigos do Léo foram publicados na revista Delva, na revista Rife e na revista Etat des Lieux. A sua tese de mestrado foi premiada com o Prix Mémoire. O seu projecto final foi exposto numa exposição colectiva no Centro Kanal Pompidou.