“A Minha Mãe”, Alice Gerinhas, 1995, Serigrafia s/ tela. 9 telas de 88 x 79 cm. Pertence à coleção António Cachola

 Exposta na 1º exposição individual da artista: “A Nossa Necessidade de Consolo É Impossível de Satisfazer”, Galeria ZDB, Lisboa

Ciclo com o crítico de arte

José Marmeleira 

Curvas e Desvios na Arte Portuguesa

Curvas e desvios na arte portuguesa é um ciclo de cinco cursos que pretende iluminar, aspectos e experiências que se furtam aos currículos mais académicos da história da arte, que escapam aos grandes catálogos e às monografias. Periféricos em termos temáticos, de escala reduzida, quase fragmentos, propõem-se traçar desvios, desenhar curvas na história mais recente da arte portuguesa. O ciclo começa nos anos 80 do século passado, sem prejuízo de regressar, aqui e ali, a décadas ou momentos históricos prévios.  Tem um carácter explorativo, dir-se-ia mesmo experimental. É constelação em construção, enquanto cada curso é um fragmento, um objecto minimal, um cordel de relações, eventos, coisas, figuras, obras, estórias.  

O ciclo inicia-se com a presença da cultura pop na arte portuguesa a partir dos anos 80, mapeando aproximações e tensões, revelando obras e artista. Neste primeiro ciclo, falar-se-á de apropriações e relações, gostos e desgostos, música, cinema, banda desenhada. Na arte e fora da arte. O segundo elenca uma série de exposições marcantes, recuperando os seus protagonistas, a sua recepção, os seus ecos hodiernos. Proporcionando um olhar retrospectivo sobre a história da arte portuguesa, recorta do seu passado recente momentos que, efémeros, a construíram. Das exposições, o módulo seguinte leva-nos em viagem para os lugares dos artistas, sondando a relação que as suas práticas estabeleceram com sítios, paisagens, espaços, locais. Trata-se de situar os artistas no mundo físico, se não mesmo natural, para lá do espaço do atelier. O curso seguinte prossegue no mesmo sentido, transportando os artistas para o espaço público e das relações entretecidas com a cultura literária, examinando exemplos de porosidade, reciprocidades e silêncio mútuos.

Uma breve história da crítica de arte na imprensa portuguesa a partir dos anos 80 ocupará o módulo final, a fim de salientar o papel dos seus principais intervenientes, no contexto da transformação que o jornalismo e a imprensa conheceram vieram a conhecer nesse período.

Descrição:

  • Um ciclo de 5 cursos online via Zoom
  • Valor: 50€ por cada curso de 5 sessões. Desconto 10% em mais que um curso.
  • Telefones: 964 475 138 / 912268480
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Temas e cursos:

  • A cultura pop na arte portuguesa

Este mini-curso pretende dar a conhecer e explorar as relações que, em Portugal, a partir dos anos 80 do século XX, arte e os artistas estabeleceram com a cultural pop, oferecendo casos de estudo de artistas, obras e contextos.

 

  • Histórias de exposições 

Este módulo tem como tema uma série de exposições que, em décadas diferentes, marcaram a história recente da arte portuguesa. Reunindo obras, artistas, curadores e espectadores, procurar-se-á reconstituir momentos que exerceram uma influência relevante não apenas na esfera da arte, mas no espaço público da cultura.

 

  • Os lugares dos artistas 

Este módulo procurará desvelar a importância de alguns lugares para os artistas, em particular aqueles lugares naturais que tiveram um significado importante nos seus trabalhos e os seus percursos. A selecção de artistas incluirá artistaa desaparecidoa ou ainda em atividade.

 

  • Escritores e artistas visuais: afinidades e desencontros 

Este módulo pretende explorar a relação, nem sempre frutífera, por vezes tensa, entre a cultura literária e o universo das artes visuais em Portugal, apontando exemplos conhecidos de artistas que, contra a especialização, cruzaram fronteiras, de cumplicidades entre domínios, mas, também, de momentos de silêncio mútuo.

 

  • A imprensa e a crítica de arte em Portugal: uma breve história 

Este módulo pretende cartografar o lugar da crítica de arte na imprensa portuguesa a partir dos anos 80, salientando o papel dos seus principais intervenientes, no contexto da transformação que o jornalismo e a imprensa vieram a conhecer nesse período.

José Marmeleira 

Mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação (ISCTE), foi bolseiro da Fundação Para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e no Programa Doutoral em Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, no âmbito do qual realizou a tese O Ser da Arte no Mundo de Hannah Arendt, que defenderá neste ano. Desenvolve, também, a actividade de jornalista e crítico cultural independente no Ípsilon, suplemento do jornal Público, e na revista Contemporânea